A técnica de ozonioterapia é defendida por parte dos médicos
brasileiros. Ela consiste na aplicação da mistura de gases oxigênio e ozônio
medicinal para combater algumas doenças. De acordo com a Associação Brasileira
de Ozonioterapia, a prática pode ser utilizada como um remédio
anti-inflamatório, antisséptico, que melhora a circulação e a oxigenação.
Quem nunca desejou
ficar livre de doenças com um tratamento simples, sem dor e sem efeitos
colaterais que funciona há décadas e ninguém comenta atualmente?
É prático (o aparelho é
pequeno) e tem excelente custo-benefício para médicos e pacientes.
Por isso poderia
reduzir bastante as filas nos hospitais e todo o custo do sistema de saúde.
Celebridades, atletas
de alto nível e até a realeza da Inglaterra fazem uso do ozônio terapêutico.
Ozônio é a maior
descoberta da química moderna - Enrico Fermi (Nobel de Física 1938)
O que é Ozonioterapia?
Ozonio-terapia. Um
tratamento com ozônio (O3), gás formado a partir do oxigênio (O2) que se junta
com um átomo de oxigênio.
Essa transformação é
feita por radiação UV e pelos geradores de ozônio, equipamentos que são usados
na terapia.
Os geradores de ozônio
usados na limpeza da água da piscina fazem a mesma conversão do oxigênio, mas é
claro que não se usa o mesmo equipamento para medicina.
O ozônio é aplicado por
diversas vias: tópica (passando óleo ou água ozonizada no local), banho e sauna
de ozônio, endovenosa, intramuscular, intra-articular, para-vertebral, intra
discal, insuflação (retal, vaginal e na bexiga), sub-cutâneo e injeção direta
em tumores.
As quantidades dosadas
de ozônio são controladas e existem protocolos médicos para cada caso.
Em excesso, o gás pode
ser fatal e também não é permitido inalar o ozônio.
Se é desconhecida, então onde se realiza está terapia?
Começou na Alemanha na
Primeira Guerra Mundial (1914-1918), onde foi aplicada para tratar feridas dos
soldados, já que o ozônio combate a ação de bactérias e germes.
Hoje é um método
reconhecido pelos Sistemas de Saúde da Alemanha, Suíça, Áustria, Itália,
Ucrânia, Rússia, Grécia, Israel, Egito e Cuba.
E também em 13 estados
dos EUA: Arkansas, Califórnia, Colorado, Geórgia, Minnesota, Nevada, New
México, New York, North Carolina, Oklahoma, Ohio, Texas e Washington.
Na Rússia e Ucrânia o
tratamento é aprovado pelo Ministério da Saúde e está presente em todos os
hospitais do governo.
Em Cuba o terapia com
ozônio está na rotina de todos os hospitais.
Na Alemanha são
realizados cerca de 7 milhões de tratamento por ano e toda a Europa conta com
mais de 15 mil médicos que fazem este procedimento.
Na maior parte do
mundo, os planos de saúde reembolsam quem realiza terapia com ozônio.
Para que é indicado? Quais as propriedades medicinais?
Antiviral, antifúngico,
antimicrobiano. Inativa os vírus, bactérias, fungos e todas as células doentes.
Ativa o sistema
imunológico e aumenta a proteção com antioxidantes.
As chances de ser
contaminado com hepatite, AIDS, sífilis e outras infecções através da
transfusão sanguínea podem ser eliminadas com uso do ozônio.
Altamente eficaz em
problema vascular periférico. Então pessoas com gangrena ou úlcera diabética
podem se livrar de amputação do membro afetado.
Combate problemas
cardiovasculares, arteriosclerose, alivia a dor da angina e melhora circulação
sanguínea.
Melhora na diabetes
porque normaliza a glicemia
Tumores de câncer,
linfomas e leucemia podem sem eliminados com ozônio sem necessidade de cirurgia,
radiação e quimioterapia.
Eficaz em todas as
formas de artrite reumatoide.
Efetivo para todos os
tipos de alergia.
Reverte o processo de
envelhecimento e melhora a esclerose múltipla, a perda de função cerebral no
Alzheimer, o Mal de Parkinson e outras doenças neurológicas.
O uso tópico e externo
é bastante eficaz para acne, queimaduras, úlcera na perna, feridas, eczema e
outros problemas de pele. Acelera a cicatrização.
Insuflação retal com
ozônio funciona para colite, proctite, prostatite, candidíase e fissura anal.
Insuflação vaginal
trata candidíase e diversas formas de vaginite
Insuflação da bexiga é
eficaz para cistite da bexiga e as fístulas
Herpes, hepatite
mononucleose, AIDS e cirrose são tratados com sucesso utilizando ozônio, sem o
uso de outros medicamentos.
Reduz e até elimina
muitos casos de dores crônicas através da ação nos receptores da dor.
Mas o tratamento não é permitido pelo Conselho Federal de
Medicina brasileiro. Ele é considerado de risco para os pacientes. Porém, o CFM
permitiu que fossem feitos experimentos e pesquisas até descobrirem se o
tratamento não é prejudicial à saúde.
Leonardo Sérvio Luz é médico psiquiatra e representa o
Conselho Federal de Medicina no Piauí e defende que o tratamento não seja
liberado no país.
“A ozonioterapia é considerada uma prática que não há
evidências não só da eficácia. Não há comprovação de eficácia, e há uma
estimativa de risco. Por isso que o Conselho Federal de Medicina, através da
sua resolução, está vetando a prática da ozonioterapia a todos os médicos
brasileiros.”
A Associação Brasileira de Ozonioterapia não concorda com a
decisão, mas acredita que, com pesquisas, é possível que um dia o tratamento
seja permitido. A opinião é do presidente da associação Arnoldo de Souza.
“Eu vejo com tristeza, com pesar e entendendo que ela é
equivocada. Mas os homens também se equivocam, mesmo pessoas tão preparadas
como são os conselheiros, pelo menos na área política, que foram eleitos como
tal. Mas acredito também que na área cientifica, já que eles têm um comitê
científico que decide pelas coisas. Mas também não vejo como impossível de ser
revisto. As pessoas precisam entender que nós não podemos ter compromissos com
ideias monoliticamente, que nós conseguimos avançar, fazer outros trabalhos,
fazer com que outros países venham nos trazer informação e fazer um intercâmbio
internacional. Nós vamos acabar nos fortalecendo.”
De acordo com o Conselho Federal de Medicina, as pesquisas
relacionadas à ozonioterapia devem ser realizadas em sigilo dos indivíduos,
além de oferecer suporte médico em casos de situações inesperadas. O tratamento
também deve ser gratuito.
Reportagem, Sara Rodrigues