Foi oficializada nesta semana, em Brasília, a criação da federação partidária entre os partidos União Brasil e Progressistas (PP), batizada de “União Progressista” (UP). A nova frente já nasce como a maior federação da Câmara dos Deputados, reunindo 109 parlamentares federais e 17 senadores — um bloco mais robusto até do que bancadas tradicionais como o PT ou o PL. A formação da UP impõe um novo e delicado cenário para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que poderá enfrentar maior resistência para aprovar pautas estratégicas no Congresso Nacional.
A aliança representa uma união de forças entre partidos do centrão e centro-direita, com amplo alcance nos estados e forte articulação nas bases municipais. No Paraná, especialmente na região Oeste, a federação já demonstra capilaridade. O deputado federal Dirceu Sperafico (PP), um dos parlamentares mais experientes do estado, representa Toledo e região com forte atuação municipalista.
Para Sperafico, a federação surge como resposta à necessidade de maior organização e representatividade no Parlamento: “A União Progressista nasce com o compromisso de defender os interesses das regiões produtivas do Brasil, como o Oeste do Paraná, que tanto contribuem para o desenvolvimento nacional. Vamos atuar com responsabilidade, firmeza e equilíbrio para garantir que as decisões em Brasília reflitam a realidade do interior do país”, afirmou o deputado.
Em Palotina, o PP também se destaca com dois vereadores eleitos: Nissandra Karsten, a vereadora mais votada da história do município, com expressivos 2.542 votos, e Donizete Obara, que se licenciou recentemente da Câmara Municipal para assumir a Gerência Regional da Sanepar. Em seu lugar, tomou posse o suplente Gilmar Hinkel, reforçando a presença da sigla no Legislativo local.
A formação da União Progressista deve alterar a correlação de forças políticas já nos próximos meses, influenciando votações-chave e ampliando a influência regional de seus líderes. O governo Lula, que vinha buscando acordos com partidos do centrão para aprovar sua agenda, terá agora de lidar com uma federação consolidada e com posicionamento cada vez mais crítico.